Pois fiquei fascinada com ele mal vi a "Cidade de Deus". Por assinar parte da banda sonora do filme e por fazer uma personagem tramada, com uma história semelhante à sua vida pessoal. Mas como Seu Jorge explicou à "Única" do Expresso, "a única coisa que determina a diferença entre mim e o Mané Galinha é a escolha. Também eu poderia ter escolhido outro caminho. Ele escolheu a vingança. Eu escolhi sair".
Mais tarde, encontro-o novamente na colectânea "Favela Chic". Meses depois, no filme "Life Acquatic". Ano e meio, chega até nós o fabuloso disco "Cru".
Neste sábado, é ele que diz: "Mas quando me perguntam se tenho algum projecto social para o Brasil, sabe o que eu respondo? Que todo o trabalho social que tinha para fazer, já fiz, comigo mesmo, quando era menino." (...) "Foi conseguir não me tornando, eu mesmo, um problema social. Viver na favela é difícil, sair ainda é mais. Lá dentro aprende-se a não acreditar que fora dali você poderá ter uma oportunidade."
Dia 3 de Novembro, estará na Aula Magna, em Lisboa. Eu também.
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