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quinta-feira, agosto 16, 2012

Esta semana percebi que tenho mesmo a idade que consta no bilhete de identidade (que curiosamente está caducado; mas como sou retro, tenho adiado arrastar-me ate ao Consulado, lá mais a norte, para adquirir a tal coisa moderna chamada cartão do cidadão). Raramente sinto a PDI, dado que passo a maior parte do tempo no infantário. Aquele que tem seres dos 18 aos 85 anos. Não se interessa com quem se lida, nem a posição hierárquica que se ocupa: no infantário todos temos 5 anos. Mas esta semana levei um estalo na cara e apercebo-me da minha parca condição de mortal. It sucks, really.

sexta-feira, abril 20, 2012


*spoilers *spoilers *spoilers*spoilers *spoilers *spoilers *spoilers *


Fui ao engano. Li que era um espécie de 500 Days of Summer. Oi? Nem nos calcanhares. Em nada. Nada. Eu adivinhava, mas mesmo assim insisti porque a historia de um parzinho gringo-europeu que se conhece na universidade (by the way in LA :P), e que depois se vê confrontado com a cena "-Graduation e agora, going long distance, and until when? And then what?, claro que me ficou na mira. Mas quando se constrói um filme baseado num facto altamente distorcido, para mim já esta tudo estragado, e dificilmente consigo engolir e entrar na historia. Para além disso, o par tem um falta de química tremenda, ela é uma chata, e sinceramente o final em aberto a tentar ser como o "The Graduate" só dá mesmo para desejar, por favor, Jacob, assim que acabares esse duche, tu veste-te e vai já ter com a boazona da Jennifer Lawrence.



Assinado, a Comissão-de-Estudantes-Estrangeiros-nos-EUA, Que-Tudo-Sabem-Sobre-Vistos, e Que-Exigem-Retratos-Um-Pouco-mais-Credíveis-Sobre-A-Nossa-Parca-Condição.

sexta-feira, março 11, 2011



Os blogs pink, ou os tais blogs de gaja, andam pela rua da amargura. Agora, quando praticam sociologia da alcofa, bem, é mesmo melhor, voltarem apenas a cumprir a sua função Marie Claire. É que do tédio instalado passam mesmo a ser tontinhos. É que eu gosto de ser fútil com qualidade.

segunda-feira, maio 10, 2010

(500) Days of Summer

segunda-feira, março 29, 2010

Downtown LA

"500 Days of Summer" at Downtown LA

Não. Nem sempre as escolhas passam por uma questão de prioridades. Passam pelo que se tem e no que não se tem. As escolhas também poderiam passar pelo o que se poderia ter, mas nem todos nos livramos dos pedregulhos dos passeios, preferindo, em vez disso, tombar nos buracos das ruas, ao deambular no animal voador, numa noite de Verão, a olhar para arquitectura da cidade. E o condutor não faz nem ideia. A pendura faz, mas fica calada, e refugia-se no barulho da bateria, e assim abafa-se a conversa das escolhas e das prioridades. E podem continuar a olhar para a cidade, como se nada fosse. Podem comer hamburgers, podem continuar o ciclo interminável do bacalhau, podem continuar a ser os amigos que são. E assim, talvez, acreditar que estão felizes pelas escolhas um do outro.  

terça-feira, março 09, 2010

"Eu quero avançar", "quero avançar!" diz-me ele, com uma convicção profunda. Mas avançar para onde, penso eu, para o fundo do poço, para a imigração clandestina, para o sorteio do green card? Não sei se é dos trinta, ou se é simplesmente isto de viver na diáspora, mas a verdade é que hoje em dia sou capaz de ter vinte amores ao mesmo tempo, e não me decido por nenhum. Sim, há momentos em que penso que se o homem mais bonito que conheço me pedisse em casamento e quisesse um par de gémeos eu aceitava de bom grado, deixando para trás todos os pruridos, porque aqueles dois metros, aquela covinha no queixo, a sobrancelha esquerda despenteada, mais os passeios de vespa (digna substituta do animal extinto), o humor pós-modernista, não se encontram todos os dias, são qualquer coisa que me enchem a alma, o corpo e a mente. Mas histórias de amor-cor-de-rosa, sem espinhos, de linearidade singular, já sabe, nunca foi o meu filme, e aqui não é mesmo o caso. E depois há o outro, paixão estranha e magnética de algum tempo, que não tem metade das complicações que eu tenho, nem medo de assumir que quer isto, e não aquilo, e consegue chamar-me à terra, quando eu tendo a deambular pelo Pacífico, ou pelo Bairro Alto, e se me deixasse, certamente já estava mais para os lados do Índico. Mas ele vive do outro lado do mundo, e quer avançar, "tem planos". Está disposto "a tentar", WTF?  Mas porque é que homens destes só nos saem na rifa, quando não estamos emocionalmente para aí viradas? Ou será a minha indisponibilidade geográfica que de repente faz com que tenha um amor em cada porto e ser uma cínica de primeira? É curioso, sempre achei que o poliamor fosse algo mais interessante.

quinta-feira, fevereiro 25, 2010

Play, pause, play, pause, play, pause, play, pause, play, pause, play, pause, play, pause, play, pause, play, pause, play, pause, play, pause, play, pause, play, pause, play, pause, play, pause, play, pause, play, pause, play, pause, play, pause, play, pause, play, pause, play, pause, play, pause, play, pause, play, pause, play, pause, play, pause, play, pause, play, pause, play, pause, play, pause, play, pause, play, pause, play, pause, play, pause, play, pause, play, pause, play, pause, play, pause, play, pause, play, pause, play, pause, play, pause, play, pause, play, pause, play, pause, play, pause, play, pause, play, pause, play, pause.

A vida sentimental pode ser tão chata quanto a académica. Ou é play-pause-play-pause ou edit-copy-paste-cut. Pelo menos no processador de texto existe a opção "undo". Mas se no processador de texto até é desejável que este undo desapareça sem mágoa, nos afectos dificilmente acredito que estejam armazenados em pause, quietinhos e depois lá se carrega no play e está tudo como antes. 

sexta-feira, janeiro 15, 2010


Às vezes penso no meu epitáfio. O quão tolinho irá ser, qualquer coisa como "Inês até era uma rapariga normal, amou e foi amada, até ao dia que teve uma grande paixão e depois disso nunca mais foi a mesma. Em seguida teve um inúmero rol de histórias sem princípio, nem fim, porque mora do outro lado do mundo, e nunca sabe muito bem onde está, por onde ficar e o que escolher". Cansa, pois cansa.

domingo, julho 20, 2008

(...)"And so it is
The shorter story
No love, no glory
No hero in her sky"(...)


e blá blá blá, do se querer andar para a frente e só se tropeça em pedregulhos nos passeios. 

domingo, junho 15, 2008

Ontem falava-se de planos b e de planos c. Há muito tempo que ando sem planos b. Há muito tempo que não queria sequer ouvir falar de planos b. Mas apareceu um projecto a um plano b. Talvez porque me pareceu sempre inconcebível, e o difícil, o arenoso, o pantanoso, é o que me interessa, é o que me faz andar de pé. Sempre esta mania estúpida de querer enfrentar o impossível, quando se adivinha tão bem o trajecto. A diferença é que há não sei quantos anos atrás, sempre se conseguia atingir o impossível, apesar do calvário longo e tortuoso. Se calhar é por isso que ando tão estúpida e mumificada nestes setecentos e trinta e um dias. E ninguém fala a mesma língua, ninguém compreende, ou quer sequer perceber, a apatia resultante destes setecentos e trinta e um, e eu fico presa neste monólogo interior entre a cabeça, o umbigo e as pernas. E por isso não me gosto de explicar, para quê verbalizar os projectos a planos b e a planos c, quando esses nunca passam disso mesmo. Projectos a planos, e nunca planos. E depois surgem os projectos a planos c e d, e a dispersão é ainda maior, porque é a mesma treta, o pântano já é tão fundo, que pouco interessa que os projectos passem a planos. E se passam a planos, porque raio merecem empenho, quando a treta do plano A, a sombra do plano A, ainda ameaça, ainda me chateia por só eu - sempre eu e só eu - é que ainda o mantenho na fila, penso e respiro por ele, mesmo que me sufoque em tanta toxina.