Gosto tanto do meu senhorio como gosto do Cavaco.

Para quem se deitou às 6 da manhã em busca de uma problemática que não surge, é maravilhoso acordar com obras às 9 da manhã. "Sim, voltámos hoje, porque afinal o (seu) senhorio já nos pagou". Deixo-os entrar, os gatos a delirarem com as obras, e a tentarem fugir pelas escadas de incêndio. Ligo o rádio. Cavaco fala. Discurso da tomada de posse. As palavras que lhe saiem da boca não querem dizer nada, são praticamente as mesmas da campanha.

Para ajudar a festa aparece o senhorio, esse galã. Entra pela casa a dentro, olha para a porta enferrujada da marquise à espera de um milagre, não sei. Fica para ali a gesticular, enquanto eu tomo o pequeno-almoço. Atravessa a sala, não diz nada e sai porta fora, achando que a porta da rua é uma porta de um saloon.
É só pena eu não ser o John Wayne.