terça-feira, dezembro 04, 2007

Como atinges os 30, e estás preocupada com isso, quebro uma regra e aqui vai uma demonstração de afecto (mas os dois beijinhos não contes com eles!)

Houve a fase dos bifinhos com cogumelos em tua casa. E dos crepes com cogumelos. Do toldo amarelo. De psicopatas a subirem uma certa janela, na hora do duche. Mais o Pantene. E a turma de desporto. E a Marta, a Vanessa, criaturas com que dificilmente me iria relacionar senão fosse a tua habitual bondness with everybody. Sim, porque também éramos amigas da outra psico que escrevia composições em Português copiadas da Ragazza ou da Teenager (já não me lembro qual; uma delas). E as aulas de latim e o nosso Cristóvão. E o Lisbonna, os pontapés, e claro, o velhinho e doce Shangri-lá. E ainda a psiciopatia de irmos a pé para as festas do PSR, mais os bolos em Arroios, mais nos estarmos nas tintas para a morte do Kurt Cobain porque éramos naturalmente mais maduras que os nosso amigos rapazes, que choravam baba e ranho, e até foi por isso, que deixaram crescer o cabelo. E o tantum verde e o Bife, sempre o Bife, até hoje, o Bife. As festas da ESBAL, melhor, A festa da ESBAL (nesse dia esbarrámos com o futuro e não sabíamos), muitos Sudoestes, as idas à praia porque a minha brancura era uma coisa que te deixava contente (curioso, também, como essa mesma praia me complicou o futuro), do eterno raspanete por não ter ficado na tua festa porque fui ao concerto de Lamb (que também me condicionou o futuro, é verdade), e o vinho do Porto, o Castelo, a Ponte, e do nunca perdoado "a minha amiga está com problemas", dos nossos chapéus, e dos teus, que eram sempre muito mais giros, que nos levaram ao nosso primeiro conflito racial, mas safámo-nos. E um dia fomos a Paris, saímos do Louvre e dissémos "olha o Arco do Triunfo! Bora lá!", e não morremos nessa rotunda ainda estou para saber como, e íamos morar juntas no Bairro Alto, logo no 1º ano da faculdade, sem nos lembrarmos, nem precisarmos, de trabalhar para pagar a renda, contas e mobilar a casa. Sempre achávamos que tudo era possível, e acho que é por isso que ao fim deste tempo todo continuamos amigas.

Como ainda não são 23 horas, e eu, como tu, levo muito a sério os psicopatas, aqui ficam os meus não-parabéns.

3 comentários:

Tânia Gaspar disse...

Nem sei o que dizer... Foi a melhor surpresa de sempre... e agora vou ali chorar e já volto;P

Gosto mesmo muito de ti e não claro que não te vou dar beijinho!

Tânia Gaspar disse...

E é verdade?! Tu agora és croma destas novas tecnologias???? Como é que fizeste isso????

cris disse...

q demonstracao de afecto mais linda. a serio, acho 1 ternura (e sei q vais fazer arghhh qd leres a palavra "ternura" mas pronto!). Eh favor apresentares-me a tua amiga qd formos beber o noso cafe este mes, q ate parece mal nao conhecer alguem assim tao presente na tua vida, mulher!!
E ve-se mm q andas mais bem disposta, I wonder why, tralalalalala :)
bjao