Vírus da blogoesfera - a corrente das insignificâncias

Acho que já me tinhas passado isto, não é muito diferente dos não sei quantos auto factos. Além disso não sei bem o que são as minhas insignificâncias, as que podia apontar (ser viciada no batom para o cieiro, andar sempre com um pente na mala e nunca me pentear fora de casa, obsessão com o pendant, embirrações psicossomáticas com um determinado chocolate no mercado quando sou uma chocoolic, sentir-me nua se não estiver de brincos, etc.) para mim estão longe de ser insignificâncias.

Insignificâncias a sério, daquelas que dão vontade de abater a tiro, que não merecem existir e dignas do meu desprezo são:
as velhas e os velhos do 58, os taxistas, bica em chávena a escaldar, o empregado da Bérnard, o café da Brasileira, seres generosos que acham que são parecidos com o Cristiano Ronaldo e fazem questão de partilhar músicas a alto e bom som no telemóvel - normalmente, claro, quando ando no 58, ou no metro a umas horas que não me apetece ouvir kizomba ou Buraka Som Sistema -, tipos que cortam as unhas nos transportes públicos, e deve haver muito mais, e há outras que não podem ser pronunciadas publicamente, mas que existem, existem.

De qualquer modo, continuo sem perceber o que é isto das insignificâncias, porque nomeá-las é dar-lhe significado. (mhm, e como isto me lembra o Saussure, passo à Ana, para que escolha as suas seis insignificâncias).

- E Sniper, pela 1ª vez agradeço, do fundo do peito, uma corrente; estava um bocado farta de estar a estudar para o TOEFL, finalmente alguém foi amigo e distraiu-me um bocado. Grazie mille.