quinta-feira, abril 17, 2008

Raramente me lembro a roupa que fulano ou beltrano usou da última vez que o vi. Quer dizer, lembro-me dos tons, não dos pormenores. Quase sempre me lembro da roupa com que estava quando fiz isto ou aquilo. Portanto, inevitavelmente acabo por associar determinadas peças de roupa a estados de espírito e a situações. O pior é quando estamos com aquela roupa que se usa bastantes vezes, porque tem os tons certos, é confortável e fica bem, e de repente passa a ser o trapo mais hediondo do mundo porque em determinado dia, teve-se um happening de terceiro grau. Mas como não tenho um armário como o da Oprah, mas tenho máquina de lavar, obviamente que acabo por ter que repetir modelitos, mesmo esses psiscossomáticos, e é claro que é nesse dia que se esbarra, outra vez, e de algum maneira, com o elemento destabilizador da harmonia monocromática do nosso vestuário.

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