Hoje conheci o gabinete do Peter McLaren. 

Já tinha ouvido histórias sobre o seu gabinete, que é lendário. Hoje percebi porquê. Desde bandeiras dos Zapatistas, posters gigantes do Che Guevara, cartazes feministas - daqueles que tenho mesmo que arranjar, e escrever a palavra que odeio traduzir, "empoderados"- um mega poster do Chavez a discursar, escarrapachado na porta do gabinete, a esculturas gigantes e máscaras indígenas, vinys do Manu-Chao autografados nas paredes, uma confusão que faz parecer o meu quarto lisboeta numa suite do Ritz. E lá no fundo, mesmo no fundo do gabinete há uma pequena gruta construída à conta de livros e fotocópias lá está ele, numa mesinha, com os seus óculos redondos, a dizer "- How you doing! Welcome!". Foi uma pena não ter tirado fotos, mas é que quase que tive um baque semelhante quando vi a capela Sistina, pela primeira vez. O gabinete do Peter McLaren é espécie de uma Sistina de repertório esquerdário marxista valente.  E isto é que foi engraçado na apresentação institucional do departamento. Dele a reitora não falou.