terça-feira, setembro 20, 2011

Fieldwork notes (uncut)

O padeiro português que me vende papos-secos que chama de pão-francês, insiste em chamar-me de "gaja" já com aquele sotaque de que não vive a Portugal há pelo menos três ou quatro décadas, e acha que é lisonjeiro, irreverente ou engraçadinho usar o vocábulo lá da terra. O padeiro português está a pôr à prova a minha capacidade de não fazer juízos pejorativos sobre os emigrantes portugueses no Brasil. Uma chatice porque o papo-seco armado em pão-francês é muito bom. E eu sem pequeno-almoço não funciono. Fico mais a atirar para o modo Malinowski e o seu diário de campo, do que o modo Levi-Strauss.

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