segunda-feira, janeiro 26, 2015

O cretino, o vassalo, o reaccionário com memória selectiva

O cretino mor, no seu tom habitual, balbucia o discurso do beato-que-prega-que-austeridade-é-o-caminho, e-que-se não-se-cumpre- não-se-entra-no -céu-(alemão), e tem também, como lhe convém, memória parca (ou será simplesmente ignóbil?).

"Pedro Passos Coelho apelidou de «conto de crianças» a ideia de que «é possível um que um país, por exemplo, não queira assumir os seus compromissos, não pagar as suas dívidas, querer aumentar os salários, baixar os impostos e ainda ter a obrigação de, nos seus parceiros, garantir o financiamento sem contrapartidas»."  Ai, não?  Em 2002 quem deu um pontapé no rabo do FMI e mais tarde assumiu que até gostaria de pagar os credores, mas teria que pagar com juros mais pequenos e em prazos maiores? A Argentina. Saberá Passos Coelho onde fica a Argentina, ou o resto da América Latina, que já percebeu que a ortodoxia neoliberal não dá assim grandes frutos?

"É sabido que o programa do partido que ganhou as eleições é difícil de ser conciliado com aquilo que são as regras europeias." Regras, o Passos gosta é de regras. E é sempre bom aluno, e faz sempre mais do que lhe é pedido.

"O chefe do executivo PSD/CDS-PP alegou que, «até hoje, a estratégia que o PS tem reivindicado para Portugal, infelizmente, é uma estratégia muito semelhante à do Bloco de Esquerda», acrescentando: «É a de não cumprir as metas nem os objetivos que estavam traçados, suscitar como todos se recordam a renegociação do programa que nós já fechámos, que já terminámos». Ai, o risco do contágio. Tenho para mim, que ontem Pedro Passos Coelho dormiu mal.

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